sábado, 7 de março de 2009

Igreja Católica de Côcos


Sede da primeira Igreja Católica de Côcos - construída nos anos 60





História da igreja: em 1818, foi criada a paróquia de Sao José de Carinhanha, naquele tempo era a Igreja responsável de suprir o Estado, dos serviços cartorais como: certidão de nascimento, óbitos, batistério, casamentos, testamentos das terras, etc. Todo o povo do sertão de Côcos, Carinhanha, Coribe, Correntina e Santa Maria da Vitória, etc, foi formada pelo catoliscismo popular, pregado pelo monge da gruta, o Padre Francisco de Mendonça-Mar, e junto com os missionários, através das missões populares, evangelizaram por muitos anos aquela região sertaneja. Nas missões juntava gente de toda a região. A primeira capela foi construída com a ajuda da população. Somente através de uma portaria datada de 1966, dom José Nicomedes Grossi, primeiro Bispo da recém-criada diocese de Bom Jesus da Lapa, criou a Paróquia de São Sebastião de Côcos, desmembrando-a do território de São José de Carinhanha, entretanto, até esta data, desde 1913, a igreja Católica fazia parte da diocese da Barra do Rio Grande, a primeira do rio são francisco. Os primeiros vigários encarregados eram Padre Enzo Venditti, Jaime Gustinelli e Salvador Rugerri, e residiam em Santa Maria da Vitória. Em 1974 eles foram substituídos por outro grupo da mesma organização italiana para a América Latina, passando a paróquia de Côcos a ser atendida pelos padres Ermano Alegri e Augusto Beldratti. 

Em 1976 a paróquia de Côcos empossou seu primeiro vigário, nomeado por dom José, na pessoa do recém-ordenado, padre Élio da Cunha Castro, filho da cidade de Carinhanha. Ele dirigiu os destinos desta paróquia até o mês de abril de 1980, quando abondona o ministério ordenado para contrair matrimônio e lecionar no Colégio Estadual de Montalvânia-Mg. 

O primeiro casamento realizado na Capela de Côcos conta do ano de 1886.


Casamento de Sardulina Ribeiro de Souza e Raphael Ferreira Barbosa, Livro 4, fls. 40v, freguesia de São José de Carinhanha.
Aos trinta e um dias do mês de janeiro do ano de mil oitocentos e oitenta e seis, na capela de cocos, filial desta matriz de São José de Carinhanha, em minha presença e das testemunhas, assisti ao recebimento matrimonial de Raphale Ferreira Barbosa e Sardulina Ribeiro de Souza; ela filha legítima de Isidora José de Barros, já falecido, com Maria ribeiro de Souza, já falecida...” pag 151

1888, aos cinco dias do mês de julho do anno de mil oitocentos e oitenta e oito, no sitio do Meio, sendo testemunhas Veríssimo José dos santos e Antonio Trajano Neres, casarão-se Manoel de Cerqueira Brandão, viúvo de Calixta Caldeira Martins de Moura, com Lina Roza de sana Anna, filha legitima de Ângelo Custodio Fiúza, já falecido, e Domingas Faustina de Sana Ana. Depois de corridos os proclamas e não encontrado impedimento algum e lgo lhes dei a benção nuptiaes, conforme o ritual Romano. E para constar mandei lavrar este termo que assigno.    (fonte, pag 1222, livro: o sertão de Côcos na Bahia - uma miragem no oeste - José Evangelista de Souza)      


Consta também o casamento de Rodolho José Viana no ano de 1893, eis a integra:
Aos vinte e quatro dias do mês de outubro do ano de mil oitocentos e noventa e três, na Capella de São Sebastião de Côcos da Freguesia de Carinhanha depois de três proclames e nao havendo impedimentos, casaram-se Rodolpho José Vianna e Francisca Rodrigues da Trindade; ele filho legítimo do ten. José Joaquim Vianna com Anna Maria Magalhães Vianna; e ela filha legítima de José Rodrigues de Barros e Anna Flora Alves, já falecida; sendo testemunhas Claro Pereira da Silva e José Castor de Abreu. Em seguida dei-lhe as bençãos nuptiais conforme o ritual romano. E para constar mandei lavra este termo. Vigário Pe. Moysés Gonçalves do couto (fonte, pág 62/117. livro: o sertão de Côcos na Bahia - uma miragem no oeste - José Evangelista de Souza)


Leilão realizado para arrecadar fundos para construção de uma nova sede para a Igreja Católica, em razão da sede anterior estar com sua estrutura danificada. (é uma pena saber que faltou interesse da administração publica em restaurar as Igrejas de Côcos, A Igreja Católica tinha torre de sino, embelezava a cidade, e podia fazer hoje, parte do patrimônio histórico da nossa cidade). 





Sede da atual Igreja Católica de Côcos - Bahia









3 comentários:

  1. muito legal essa história. Cada pedacinho de história contada desfecha a realidade que o nosso sertão vive.

    ResponderExcluir
  2. Vi que fazes uma referência a um livro: o sertão de Côcos na Bahia - uma miragem no oeste - José Evangelista de Souza. Poderia me fornecer mais detalhes?
    Kleibe@gmail.com

    ResponderExcluir
  3. KLEIBE, BOA TARDE, pois então, tenho somente uma edição deste livro, escrito pelo Padre Jose Evangelista, nele consta muitos registros importantes da cidade de Côcos. Não sei se por lá ainda existe alguma edição.

    ResponderExcluir