quarta-feira, 13 de julho de 2016

São Joao - Côcos Bahia


         Os festejos juninos lembranças do interior.
A fogueira alta era feita tradicionalmente por Joaquim de Dona (em frente ao Hotel Bahia)


        
                        fotos acima da fogueira por Lande Bomfim - em Abadiania-GO - saõ joao 2015

Era assim nossas ruas, fogueiras por todas as casas e as famílias conversavam nas calçadas...juntavam o que coziam, dividiam se alegravam.


                               foto internet - sao joao ruas de Iguatu - Ba

Quem não recorda as fogueiras, feitas no meio da areia, ....crianças soltavam tracks, os pais foguetes estouravam, a festa estava avisando, chegavam parentes e amigos, era assim que eles faziam...estavam se comunicando.

São lembranças das festas animadas, forrós pra todos os lados, cercados de palhas, latadas, sanfonas a noite inteira, e as fogueiras muito altas, nas ruas de areais, e nós crianças inocentes, víamos a cidade iluminada e o arvoredo do "pau de sebo" sendo disputado pelo mais forte e resistente ao sebo nele incrustado.
Eram prêmios simples que havia no alto, mas o que era contagioso era a alegria daqueles jovens meninos mostrar sua força e resistência física.
Joaquim Costa, ali conhecido como Joaquim de Dona anualmente realizava a tradicional festa do pau de sebo. Ali moradores da minha rua, queimavam suas fogueiras, enchiam diversos arvoredos com doces, pencas de laranjas, bananas e diversas coisas que serviam pra divertir a criançada.
A tradição dos festejos acompanhados de cafés com biscoitos, requeijao, broas de milho, canjica iam até noite adentro. No dias seguinte acordávamos com cheiro de batata quente assada naquelas cinzas, era fim da noite de São João.
Nunca comi nada daquilo, via aqueles festejos na porta da minha casa que eram para o Santo São Joao, como sou de religião evangélica, tradicional Presbiterianismo, meus pais nao permitiam nos alimentar com aquelas comidas oferecidas ao Santo, mas guardei no pensamento cada noite daquela que foi vivida na minha infância, que hoje vivencio como festa cultural - uma tradição.


O desenvolvimento a tecnologia fez com que as familia eprdesse os costumes e  toda esta tradição foi mudada, as fogueiras ja nao existem, talvez algumas artificiais, e a festa tomou outros rumos, so quadrilhas no meio da praça, na quadra, ao som eletrônico moderno, sem o som do acordeão, os bailes perderam a graça, ficaram somente das festas...as roupas típicas da época, o chapéu de palha desfiado, nas noites frias do meu sertão.



             O SÃO JOAO NOS DIAS ATUAIS

Cocos vem aos poucos tentando resgatar a cultura das festas juninas. Há alguns anos as escolas tem apresentando quadrilhas  e assim o mes de junho, julho tem animado a cidade com suas apresentações.
São apresentações de quadrilhas em toda a região, desde crianças a idoso que festejam o mês inteiro: a cultura, a festa, a homenagem - o mês de São Joao.
Tudo muito bem decorado, fogueiras artificiais, outras  fogueiras tradicionais, na cidade, nos povoados, regado de comidas quentes, calóricas, milho cozido, canjicas, arroz doce, broas bolos de milho, e o delicioso quentão, gente pra todos os cantos, retratam seus filhos nos cantos decorados, coloridos para guardar as lembranças, lembranças de são joao.
E as danças de sanfoneiros, fazem a festa o mês inteiro.
mesmo sabendo que nao tem os encantos daqueles tempos que se compartilhavam de tudo em principal os  alimentos, as festas estão voltando, talvez mais como comercio, mas o importante é levar as nossas crianças a alegria da cultura das noites frias de são joao.

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